Casarão antigo, grande, com janelas altas e portas largas de madeira. A dona do casarão morava na parte da frente e alugava a parte de trás e de baixo. Ficava numa região privilegiada de uma cidade do iन्तेरिओर de São Paulo.
Lá fui morar, eu e minha trouxa. Era dividido em duas partes. O lado das mulheres e a dos homens. Os meninos ficavam na parte de baixo, numa espécie de porão, que ao meu ver faltava-se o ar. A maioria era estudante e gente boa.
Na parte das mulheres já não eram todas estudantes. Muitas trabalhadoras de mão cheia, tentando pagar um pouco menos pra viver melhor. Era um pensionato barato e não tinha esse negócio de hora pra cheगर e hora pra visita. Era legal, porque não parecia um pensionato.
Quando entrei e a dona mostrou os quartos que ficavam atrás da casa, achei um lugar bacana e ainda conheci algumas das pessoas que estavam lá, entre elas, uma senhora aposentada que dividia o quarto com uma mulher bem mais nova.
Resolvi então, morar lá, visto que, não tinha outro lugar assim tão fácil, sem fiador e barato. O único quarto que estava vago era com uma garota que já morava lá. Eu nunca a tinha visto antes , mas ela parecia legal, até que depois de um tempo percebi que algumas peças de roupa minhas, haviam desaparecido. Então assim que vagou outro quarto me mudei . Encontrei outra garota, essa um pouco mais velha e ficamos muito amigas, a Regina. Como o quarto era pequeno e não tinha guarda-roupa, minhas roupas ficavam penduradas em pregos na parede. Confesso que era complicado deixar organizado!
Quando eu resolvi largar tudo e viver de teatro, foi uma decisão complicada. E agora? Como vou conseguir me manter?
Bem, eu arrisquei. Como minha paixão pelo teatro foi à primeira vista, não tive mais dúvidas...
Comecei então, fazer performances de teatro, pirofagia e dança em boites e festas para poder pagar o aluguel e a escola.
A escola era cara e meus pais não eram muito a favor d’eu estudar teatro. Mesmo assim não desisti e arrumava um jeito para pagar. Conheci gente maravilhosa e fiz amigos de verdade.
Namorei um garoto que carinhosamente chamávamos de Pimenta que também morava no pensionato. Fazia faculdade, Terapia Ocupacional.
Ele era mineiro também, assim como eu. Namoramos um tempo. Nos tornamos grande amigos após o término do namoro.
Eu estava com dezoito anos e a vida pra mim apenas estava começando.
Com essas pessoas, comecei a aprender muito do que é lutar por alguma coisa. Daí então, vi que realmente estava valendo a pena o sacrifício, de algumas vezes passar fome para poder pagar o aluguel e ver todos os dias minhas roupas penduradas em pregos na parede do quarto, porque não sobrava dinheiro para comprar um guarda-roupa.
Algumas vezes foi difícil, mas eu tinha um objetivo e esse era meu maior empreendedor. “Não podia desistir tão fácil”.
Exatamente aí, nesse período, que soube o que é vontade de comer algo e não poder. Foi onde tudo realmente começou!
Lá fui morar, eu e minha trouxa. Era dividido em duas partes. O lado das mulheres e a dos homens. Os meninos ficavam na parte de baixo, numa espécie de porão, que ao meu ver faltava-se o ar. A maioria era estudante e gente boa.
Na parte das mulheres já não eram todas estudantes. Muitas trabalhadoras de mão cheia, tentando pagar um pouco menos pra viver melhor. Era um pensionato barato e não tinha esse negócio de hora pra cheगर e hora pra visita. Era legal, porque não parecia um pensionato.
Quando entrei e a dona mostrou os quartos que ficavam atrás da casa, achei um lugar bacana e ainda conheci algumas das pessoas que estavam lá, entre elas, uma senhora aposentada que dividia o quarto com uma mulher bem mais nova.
Resolvi então, morar lá, visto que, não tinha outro lugar assim tão fácil, sem fiador e barato. O único quarto que estava vago era com uma garota que já morava lá. Eu nunca a tinha visto antes , mas ela parecia legal, até que depois de um tempo percebi que algumas peças de roupa minhas, haviam desaparecido. Então assim que vagou outro quarto me mudei . Encontrei outra garota, essa um pouco mais velha e ficamos muito amigas, a Regina. Como o quarto era pequeno e não tinha guarda-roupa, minhas roupas ficavam penduradas em pregos na parede. Confesso que era complicado deixar organizado!
Quando eu resolvi largar tudo e viver de teatro, foi uma decisão complicada. E agora? Como vou conseguir me manter?
Bem, eu arrisquei. Como minha paixão pelo teatro foi à primeira vista, não tive mais dúvidas...
Comecei então, fazer performances de teatro, pirofagia e dança em boites e festas para poder pagar o aluguel e a escola.
A escola era cara e meus pais não eram muito a favor d’eu estudar teatro. Mesmo assim não desisti e arrumava um jeito para pagar. Conheci gente maravilhosa e fiz amigos de verdade.
Namorei um garoto que carinhosamente chamávamos de Pimenta que também morava no pensionato. Fazia faculdade, Terapia Ocupacional.
Ele era mineiro também, assim como eu. Namoramos um tempo. Nos tornamos grande amigos após o término do namoro.
Eu estava com dezoito anos e a vida pra mim apenas estava começando.
Com essas pessoas, comecei a aprender muito do que é lutar por alguma coisa. Daí então, vi que realmente estava valendo a pena o sacrifício, de algumas vezes passar fome para poder pagar o aluguel e ver todos os dias minhas roupas penduradas em pregos na parede do quarto, porque não sobrava dinheiro para comprar um guarda-roupa.
Algumas vezes foi difícil, mas eu tinha um objetivo e esse era meu maior empreendedor. “Não podia desistir tão fácil”.
Exatamente aí, nesse período, que soube o que é vontade de comer algo e não poder. Foi onde tudo realmente começou!
Um comentário:
esconda ...revele..esconda revele...
revelesconda!
VV
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